FIM DOS TEMPOS: Pai mat4 bebê de um ano, ele queria que ela fizesse s… Ver mais
Crime bárbaro choca moradores de Cariacica
A cidade de Cariacica, no Espírito Santo, amanheceu em luto após a revelação de um crime brutal envolvendo a morte da pequena Maya Pereira, de apenas um ano. O principal suspeito é o próprio pai da criança, um jovem de 19 anos que confessou o assassinato no sábado, 17 de maio. A tragédia expõe uma das faces mais cruéis da violência doméstica infantil e levanta questionamentos urgentes sobre os sinais ignorados dentro da própria comunidade.
Confissão sem remorso revela rotina de maus-tratos
No domingo, 18, o suspeito se apresentou espontaneamente à delegacia e detalhou o crime em depoimento que chocou até policiais experientes. Segundo a perícia, o corpo da menina apresentava hematomas em diversas partes e uma mordida no braço esquerdo, indicando agressões repetidas. O histórico de maus-tratos levanta suspeitas sobre um ciclo prolongado de violência que, infelizmente, não foi interrompido a tempo.
Vizinhos sabiam das agressões, mas o medo calou
Rafaela Karina Santos, vizinha próxima da família, revelou que os abusos eram conhecidos na vizinhança. Segundo ela, o pai frequentemente agredia a esposa e a filha, mas a violência raramente era denunciada. “Ele dizia que o choro da Maya o enlouquecia”, contou. Um episódio envolvendo a fratura do braço da criança nunca chegou às autoridades, revelando um padrão de omissão que contribuiu para o desfecho trágico.
Isolamento e suspeitas agravam o cenário
Em determinado momento, a família se mudou para uma área rural, o que dificultou o contato com vizinhos e aumentou o isolamento. Segundo relatos, dúvidas sobre a paternidade da criança teriam alimentado ainda mais a fúria do pai. Ao retornarem ao antigo bairro, os episódios de agressão voltaram a ocorrer com frequência, sem que houvesse denúncia formal ou intervenção externa.
A omissão que também mata
A mãe da criança também prestou depoimento, mas foi liberada por falta de provas que indicassem envolvimento direto no crime. A Polícia Civil ainda investiga se houve negligência ou conivência, e se outras pessoas próximas tinham conhecimento da violência. O caso escancara o custo do silêncio e da omissão, em especial quando se trata da segurança de uma criança vulnerável.
O alerta que não pode ser ignorado
Em meio à comoção, moradores do bairro realizaram uma vigília em memória de Maya, clamando por justiça e reforçando a necessidade de denunciar qualquer sinal de abuso. O caso reacende o debate sobre o papel da sociedade na proteção da infância e o impacto da ausência de denúncias. Especialistas alertam: a violência doméstica contra crianças, muitas vezes invisível, só pode ser combatida com vigilância coletiva e ação imediata.