Terminam as buscas por Lilian Silva, desaparecida há 22 dias, ela era dona das loj… Ver mais

Mãe desaparece em circunstâncias misteriosas em Goiânia

Lilian Leonardo Silva, de 48 anos, desapareceu no dia 26 de fevereiro, deixando familiares em alerta. A última pessoa a vê-la foi sua filha mais nova, de 15 anos, ao sair para a escola pela manhã. Quando a adolescente retornou, por volta do meio-dia, a mãe já não estava mais em casa. Gabriel, filho mais velho de Lilian, foi avisado, mas inicialmente não se preocupou, acreditando que a mãe poderia ter saído para algum compromisso cotidiano.

Boletim de ocorrência é registrado após ausência incomum

A situação começou a se tornar preocupante quando Lilian não voltou para casa naquela noite. No dia seguinte, Gabriel registrou um boletim de ocorrência. No documento, ele informou que o celular da mãe e seus pertences estavam dentro da bolsa na residência, indicando que ela saiu às pressas ou não tinha a intenção de ir longe. Ele ainda buscou pistas em hospitais e em câmeras de segurança da vizinhança, sem obter respostas concretas.

Histórico de saúde mental levanta hipóteses

Segundo familiares, Lilian sofria de ansiedade e depressão, o que fez Gabriel considerar a possibilidade de um surto. “Minha mãe já enfrentava momentos delicados, e isso sempre nos preocupava”, relatou. A hipótese de uma atitude impulsiva motivada por sofrimento emocional ganhou força nos primeiros dias de investigação, especialmente pela ausência de sinais de violência ou conflito prévio.

Corpo é encontrado no Rio Meia Ponte após duas semanas

No dia 11 de março, o corpo de Lilian foi encontrado no Rio Meia Ponte, na região do Novo Mundo, em Goiânia. Familiares e amigos, que desde o desaparecimento organizavam buscas e campanhas nas redes sociais, foram informados sobre a localização do corpo. A confirmação da identidade veio em 12 de março, após análise da arcada dentária realizada pela Polícia Científica, corroborando com as roupas que ela usava no dia do sumiço.

Polícia aponta trajeto feito por transporte público

As investigações apontam que Lilian pegou um ônibus com destino à região onde o corpo foi localizado. Segundo o delegado Pedromar Augusto de Souza, a vítima conhecia bem o local, uma vez que possuía imóveis em sociedade com um ex-companheiro no bairro Recanto das Minas Gerais. O conhecimento prévio da área reforça a possibilidade de uma ação intencional, embora outras hipóteses ainda estejam sendo apuradas.

Família busca por respostas e cobra esclarecimentos

Enquanto a Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer as circunstâncias da morte, familiares de Lilian enfrentam a dor da perda sem respostas definitivas. O caso segue em sigilo, e a principal preocupação da família agora é entender se houve participação de terceiros ou se a tragédia foi consequência de uma crise de saúde mental. “Queremos justiça e clareza. Não podemos nos despedir sem saber o que de fato aconteceu”, disse Gabriel.